NADIR

MISSÃO
O Núcleo de Antropologia do Direito foi nomeado NADIR tanto em razão de suas iniciais quanto em função da polissemia da palavra que, por exemplo, em astronomia, significa o ponto inferior da esfera celeste, o que está abaixo dos pés de um observador ou, ainda, o oposto ao zênite. Já em hebraico e em árabe nadir significa “raro”. Como nomear é criar, o NADIR tenta ser um lugar não óbvio (embaixo, oposto) e, talvez, por isto mesmo, raro para pensar as múltiplas interfaces existentes e possíveis entre antropologia e direito.

A missão deste Núcleo é, portanto, acolher docentes, pós-doutorandos, pós-graduandos, graduandos e pesquisadores cujos temas de interesse transitem por essa área denominada antropologia do direito, permitindo-lhes trocar idéias, incrementar leituras, enriquecer e criar projetos e, nessa medida, fortalecer a própria área que, no Brasil, encontra-se em franca expansão.

OBJETIVOS
Um dos principais objetivos do NADIR é manter em contato freqüente (reuniões ordinárias quinzenais) docentes e seus atuais, ex e futuros supervisionandos de pós-doutorado, de pós-graduação (mestrado e doutorado), de graduação (iniciação científica) e até do ensino médio (pré-iniciação científica), de modo a criar situações de troca coletiva que extrapolem as reuniões individuais de orientação e que mantenham estimulados pela vida acadêmica aqueles que concluíram alguma de suas etapas e/ou que nelas pretendam ingressar.

Também são metas primordiais do NADIR: fomentar a divulgação de trabalhos de seus membros em publicações e encontros científicos; estabelecer interlocuções e parcerias com colegas de outras instituições (acadêmicas e jurídicas); e criar uma tradição de encontros bienais (ENADIR – Encontro de Antropologia do Direito) entre os que se reconhecem como produtores e colaboradores de reflexões no campo da antropologia do direito.


HISTÓRICO
2008: O NADIR surgiu em março de 2008 reunindo cerca de10 participantes entre pós-graduandos e graduandos em ciências sociais e/ou direito. Nesse ano houve 18 reuniões de estudo. No 1º semestre foram discutidos textos clássicos da antropologia do direito e no 2º apresentadas produções de membros do grupo: papers para congressos, projetos de pesquisa, relatórios de qualificação, artigos e capítulos de dissertações de mestrado.

2009: Em 2009 já eram mais de 15 os membros e houve, novamente, 18 reuniões. No 1º semestre se retomou a leitura de "clássicos" e pesquisadores externos expuseram suas trajetórias. Graças a muitas reuniões extraordinárias e aos apoios financeiros da CAPES e de três Pró-Reitorias da USP (Pós-Graduação; Pesquisa; Cultura e Extensão Universitária), em agosto foi realizado o I ENADIR (acesse a programação completa): mais de 100 pessoas, de variadas regiões do país e de diferentes níveis e áreas de formação participaram ativamente. Acesse o balanço detalhado do I ENADIR.

Esse intenso ano de 2009 foi coroado com a conclusão da pesquisa coletiva: Direitos Humanos - Percepções dos alunos da Escola Estadual Antonio Adib Chammas (Santo André/ SP, 2009), financiada pelas Pró-Reitorias de Pesquisa e de Cultura e Extensão Universitária, pelo Departamento de Antropologia e pela ANDHEP – Associação Nacional de Direitos Humanos, Pesquisa e Pós-Graduação (clique aqui para ver os principais resultados do trabalho) .

2010: Em 2010 foram 20 as reuniões e já eram aproximadamente 20 os membros. Exposições de trabalhos e de pesquisas de convidados marcaram os dois semestres, sendo que no 2º houve trocas importantes com grupos internacionais, como o Laboratoire de la Chaire de Recherche du Canada (CRC) en Traditions Juridiques et Rationalité Pénale e o Centre Interdisciplinaire de Recherche sur la Citoyenneté et les Minorités (CIRCEM), ambos da Universidade de Ottawa/ Canadá. Em Paris, o principal contato foi com o LAJP - Laboratoire d'Anthropologie Juridique de Paris, da Université Paris 1 - Panthéon-Sorbonne.


ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO ATUAIS
Neste ano de 2011, ainda sem instalações próprias, o NADIR conta com 38 pesquisadores assim caracterizados:



1º semestre: Além das reuniões quinzenais (clique aqui para ver resumos das reuniões já realizadas) , teve início a pesquisa coletiva Direitos Humanos - Percepções dos alunos da Escola Estadual Antonio Inácio Maciel (Taboão da Serra/ SP, 2011), apoiada pela Pró-Reitoria de Pesquisa da USP e pela ANDHEP.
Também está em andamento a pesquisa Brincando de roda no céu – biografias sócio-jurídicas em construção Trata-se da abordagem interdisciplinar de autos de um processo criminal e de outros elementos a ele relacionados com vistas à realização de um exercício semelhante ao realizado por Foucault e sua equipe, o qual resultou na produção do livro Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e meu irmão (...).

2º semestre: a principal meta é a realização do II ENADIR, tanto em razão do sucesso do I ENADIR, quanto para garantir o lugar desse evento no calendário dos encontros científicos bienais da antropologia brasileira.

Próximos anos: Ao menos até abril de 2014, o NADIR estará associado ao NEV – Núcleo de Estudos da Violência da USP, na execução do Projeto Interunidades ‘Violência, Democracia e Direitos’, recentemente aprovado pela Pró-Reitoria de Pesquisa.
Aguardamos o resultado de um edital em que o NADIR é parceiro do LAJP e de outros grupos de pesquisa de universidades estrangeiras em um projeto previsto para durar 4 anos.


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